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sábado, julho 30, 2005 |
Desafio |
Respondendo ao desafio feito pelo meu colega do CinePt aqui vão as minhas dissertações sobre as questões colocadas... 1. O QUE É PARA TI O CINEMA?Para mim, o cinema é um escape de tudo o resto, é o sítio aonde todas as barreiras com o real podem ser quebradas, é uma forma de darmos vida aos nossos sonhos é, acima de tudo, uma forma de entretenimento mas é também um meio que nos alarga os horizontes e com o qual podemos aprender bastante. 1.1 COMO O ENCARAS: ARTE OU ENTRETENIMENTO?
É, como disse em cima, entretenimento na sua maior parte mas também é uma arte, tal como a pintura ou a escrita é-nos apresentada uma história que, em alguns casos, é necessário uma sensibilidade apurada para entender. Acho que não se pode generalizar porque é consensual que muitos filmes não merecem sequer serem chamados de filme, quanto mais de arte. A arte está na forma como cada pessoa vê alguma coisa, desse ponto de vista e tendo em conta a quantidade de emoções que suscita é indiscutível que há verdadeiras obras de arte no cinema. 2. O QUE TEM DE TER UM CINEASTA PARA QUE POSSAS ADMIRAR A SUA OBRA?Tem de conseguir primeiro que tudo primar pela diferença. Conseguir fazer algo novo em vez de uma imitação. Depois há certos aspectos difíceis de explicar, que nos tocam em cada obra que faz mas não conseguimos bem pôr em palavras. É uma questão de nos identificarmos com a visão pessoal do realizador, ou este ter o dom de fazer da sua visão a nossa. 3. O QUE TEM DE TER UM ACTOR/ACTRIZ PARA APRECIARES A SUA INTERPRETAÇÃO?
A capacidade de se libertar de si para construir um personagem credível. Mas principalmente há que ser natural, não forçar as coisas, actrizes como Meryl Streep têm a capacidade de encarnar qualquer personagem com uma facilidade impressionante. 4. O QUE PREFERES: CRÉDITOS INICIAIS OU CRÉDITOS FINAIS? PORQUÊ?Na maior parte dos casos, os créditos iniciais. Acho que são fundamentais para a primeira impressão do filme. Têm a capacidade de alterar positiva ou negativamente a nossa pre-disposição para o que vamos ver. 5. ACHAS QUE AS BARREIRAS QUE SEPARAM O CINEMA DAS OUTRAS ARTES PODEM, EM CIRCUNSTÂNCIA ALGUMA, SER QUEBRADAS?Quebradas não, mas podem servir como complemento. Um livro pode ser a base para um filme, assim como a fotografia ou o teatro são partes fundamentais para um melhor entendimento do cinema. Não vou passar este desafio a ninguém em especial, mas a todos os que acharem por bem fazê-lo. Cumprimentos cinéfilos! |
posted by not_alone @ 11:30  |
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quarta-feira, julho 13, 2005 |
The Interpreter |

Nicole Kidman e Sean Penn podiam estar duas horas sem fazer nada no ecrã e qualquer filme seria bom, só pelas suas presenças.
Não que The Interpreter seja um mau filme, longe disso, mas grande parte do mérito deve-se aos protagonistas. Sydney Pollack está também irrepreensível atrás das câmeras, conseguido captar a nossa a atenção com uma realização segura, cativante e sustentada num argumento sólido e bem construído.
Este é um thriller clássico, que consegue surpreender, mas que, por alguma razão, não consegue satisfazer por completo. E é um mistério o porquê. Aparentemente não falta nada. Estão lá as excelentes personagens, que são devidamente desenvolvidas e interpretadas, a relação entre ambos cativa, mas não é de todo lamechas ou descabida de sentido, a história está longe do previsível ou do monótono em qualquer parte do filme, até lá está um português (dobrado e um pouco americanizado, é certo, mas portugês na mesma.)
Falta então algo que o torne inesquecível. Mesmo a dupla Kidman/Penn conseguia ser melhor aproveitada. Talvez as altas expectativas tornem o filme menor do que realmente é. No final é relembrado como um filme competente e nada mais do que isso.
 A minha classificação é de: 7/10Etiquetas: Criticas |
posted by not_alone @ 20:54  |
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Ondskan |

Com algum atraso (para variar) chega ao nosso país Ondskan. Um interessante filme sobre a violência.
Andreas Wilson é Erik Ponti, um rapaz que exorcisa os problemas familiares que tem através da violência. Popular no seu liceu por, literalmente, espancar os seus colegas, Errik acaba por ser expulso e mandado pela mãe para um colégio interno.
Dentro do colégio as regras são impostas pelos alunos mais velhos, todos os outros têm de as seguir à risca, correndo o risco de sofrerem severos castigos caso não as cumpram. Aqui os papéis invertem-s e Erik passa de abusador a vítima. Com receio de ser expulso de novo e desapontar a sua mãe, que vendeu os seus bens para poder pagar o colégio, acaba por se submeter às violentas regras do colégio.
A dada altura começamos a perceber que Erik não é a pessoa cruel que aparentava. O mundo que o rodeia é que o tornou assim. Um pai abusador, uma sociedade, que no pós-2ª Grande Guerra, parece acostumada à violência como forma de punição para todos os males. Ele apenas quer ser deixado em paz e quando não o permitem ele utiliza a única realidade que conhece. A da força.
Erik tenta levar uma vida normal, constrói uma amizade forte com o seu colega de quarto, mantém uma relação secreta com uma funcionária do colégio e tenta contrariar a ideia de que tudo se resolve através da violência.
É neste ponto que Ondskan soma mais pontos. A sua mensagem contra uma sociedade que trata a violência com banalidade, como algo natural. Mesmo as pessoas com o poder acabam por compactuar com esta forma de agir. Isso é visível no colégio quando os professores conhecem a realidade e a ignoram, permitem que as regras construídas pelos alunos sejam mais válidas que o seu poder na instituição.
No geral este é um filme que se vê bem e com uma excelente interpretação por parte de Andreas Wilson. De negativo há a destacar alguns momentos redundantes, especialmente as constantes cenas de violência por parte dos alunos mais velhos, que nada acrescentam à ideia.

A minha classificação é de: 7/10Etiquetas: Criticas |
posted by not_alone @ 20:36  |
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sábado, julho 09, 2005 |
Antevisão - Parte 2 |
Sete meses passados desde o início do ano, vão surgindo novos títulos que captam a atenção, seja pelos actores, pelos realizadores ou simplesmente pelo argumento. Como forma de completar o primeiro post feito neste blog aqui vai uma actualização para os filmes que para mim me parecem mais importantes a estrear este ano.
Munich: Ainda agora estreou War of the Worlds e Steven Spielberg já está em filmagens para o seu novo filme. O filme centra-se na história dos Jogos Olímpicos de 1972, em que morreram, assassinados por um grupo palestiniano, 11 atletas israelitas.
Ondskan: Estreia já dia 14 (próxima quinta feira) E fala sobre o abuso dentro dos colégios, não entre professores e alunos, mas entre os alunos mais fortes e os mais fracos. Nomeado para o Oscar de melhor filme estrangeiro de 2003. Dois anos mais tarde estreia por cá. Como se costuma dizer, mais vale tarde que nunca.
Fantastic 4: Também este mês, mas dia 28, estreia a adaptação cinematográfica da popular banda desenhada que conta a história de 4 jovens alterados geneticamente após um acidente no espaço.
The Island: Scarlett Johanson e Ewan McGregor juntam-se ao realizador Michael Bay e protagonizam uma aventura de ficção científica. Esperemos que este filme de Bay seja o suficiente para este se redimir de Pearl Harbour e Armageddon. Pelo menos este não tem o Ben Affleck.
A Good Woman: Baseado na peça de Oscar Wilde, O leque de Lady Windermere, Scarlett Johanson e a regressada Helen Hunt protagonizam este romance de época.
Fun With Dick And Jane: Jim Carrey está de volta ás comédias, desta vez acompanhado por Téa Leoni.
Edison: Um thriller policial com um elenco de luxo. Kevin Spacey, Morgan Freeman, Justin Timberlake (argh) e LL Cool J.
Lord of War: Um traficante de armas, Nicolas Cage, começa a ter pesos na consciência em relação á sua profissão. O elenco conta ainda com Ethan Hawke, Jared Leto e Monica Belluci.
Happy Endings: Lisa Kudrow e Maggie Gyllenhaal parecem-me ser motivos de sobra para ir ver este filme. Uma história sobre as complicações do amor do realizador de The Opposite of Sex.
Night Watch: O blockbuster Russo que opõe as forças negras contra as forças do bem num filme que mistura a fantasia com o fantástico.
The Aristocrats: Um documentário sobre comédia com alguns dos maiores comediantes do mundo.
Broken Flowers: Bill Murray volta em força, rodeado de belas mulheres, Sharon Stone, Julie Delpy e Jessica Lange.
The 40 Year-Old Virgin: Steve Carell, conhecido entre nós por papéis secundários em filmes como Bruce Allmighty ou no jornal da Sic Radical, Daily Show, tem aqui o seu primeiro papel como protagonista numa comédia sobre um homem que aos 40 anos ainda é virgem.
Romance and Cigarettes: James Gandolfini tem de escolher entre Susan Sarandon e Kate Winslet, parece-vos bem ?
An Unfinished Life: Ao que parece este é o filme que vai dar a Jeniffer Lopez a sua primeira nomeação para o Oscar. Eu cá acho que um filme com Robert Reford e Morgan Freeman merecia uma actriz principal de maior calibre.
Capote: O primeiro papel principal de destaque para Phillip Seyour Hoffman e por só por isso, a não perder.
Proof: Anthony Hopkins, Gwyneth Paltrow e Jake Gyllenhaal na adaptação da aclamada peça de teatro.
Last Days: A história criada por Gus Van Sant inspirada no cantor Kurt Cobain. Michael Pitt encarna o ex-vocalista dos Nirvana
The Libertine: A história de um poeta que apressou a morte com o excesso de álcool. Johny Deep, Samanta Morton e John Malkovich são as estrelas.
Fightplane: Não me parece que este seja um filme de grande qualidade, mas o regresso de Jodie Foster é sempre um acontecimento.
Oliver Twister: Quando até os génios se viram para os remakes já não há muito a fazer. Apesar da bem sucedida adaptação de Spielber de War of the Worlds, de não duvidar das capacidades de Martin Scorsese para dar o seu toque a The Departed e de acreditar em Roman Polanski para criar uma obra comovente com Oliver Twist, acho perfeitamente dispensável três realizadores tão talentosos perderem tempo com obras que já foram feitas e algumas delas muito bem. Não creio que falta de inspiração seja o motivo. É mais preguiça.
A History of Violence: Três anos depois de Spider, David Cronenberg está de volta.
Elizabethtown: Apesar das semelhanças (a julgar pelo trailer pelo menos) com Garden State, Cameron Crowe já deu provas do seu talento e merece o benefício da dúvida. Mesmo com Orlando Bloom no papel principal.
Stay: Ewan Mcgregor e Naomi Watts. Tenho dito.
Derailed: O realizador de Ondskan, na sua primeira experiência em Hollywood, conta já nos principais papéis com Clive Owen e Jennifer Aniston.
The Weather Man: Nicolas Cage num frama ao estilo de American Beauty.
Saw 2: No mesmo ano da estreia do primeiro a sequela está à porta, o que só pode dizer uma coisa, a máquina de Hollywood está cada vez mais rápida e mais desesperada por sugar as receitas das bilheteiras.
Prime: Uma comédia romântica com Uma Thurman, Bryan Greenberg e Meryl Streep.
Jarhead: Outro realizador que também está de volta é Sam Mendes. O filme é de guerra e os actores são Jake Gyllenhaal e Jamie Foxx.
The New World: Uma autêntica banhada é o que me parece que vai sair daqui. Ainda assim, o último filme de Terrence Malick, The Thin Red Line, estreado há quase 8 anos merece aplausos. Mas digam lá, com Colin Farrell como John Smith (sim o da pocahontas) não se pode vislumbrar nada de novo pois não ?
Walk The Line: A biografia de Johnny Cash protagonizado por Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon.
King Kong: Ok, tinha-me esquecido de mais um grande realizador que se rendeu aos remakes, o que vale é que pelo menos todos eles sabem o que estão a fazer e não embaraçam os originais. Ou não.
P.s. É provável que muitos destes filmes nunca cheguem a estrear cá este ano, ou saiam directamente para vídeo, é a magia das distribuidoras nacionais. Mesmo assim ficam as sujestões. |
posted by not_alone @ 17:38  |
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sexta-feira, julho 08, 2005 |
War of the Worlds |
 Spielberg, mais uma vez, conseguiu. Tudo o que é blog por aí fala da importância que spielberg dá à família, e como neste filme isso é mais do que óbvio vou passar esse assunto à frente e falar de outros aspectos que me agradaram em War of the Worlds. Este parece-me ser o filme perfeito para outros realizadores visionarem com atenção e perceberem que tudo o que andavam a fazer estava errado. 1º O desconhecido é bem mais ameaçador do que imagens de destruição violentas e globais. Ou seja, Mais impressionante do que uma nave gigante a destruir com um só raio a Casa Branca (Independence Day) é o desespero de um homem que acorda com aviões despedaçados no seu quintal. 2º Ninguém quer saber as histórias de um homem que sozinho salva o mundo, porque ninguém se pode identificar com ele. Mas alguem que é capaz de deitar fora o seu mundo para que os seus filhos o amem e para os manter a salvo, aí acredito que muita gente se identifique com o que está a ser contado. 3º Chega de romances e de matar um dos amantes. Fazer alguém chorar por uma morte é demasiado fácil. Por outro lado, comover alguém com uma cena em que um pai tem de escolher entre um dos filhos não é para todos. Mas, relembro, estamos a falar de Steven Spilberg. 4º Os aliens se vão aparecer têm de ser credíveis, não se pode correr o risco de fazer um filme sobre extra-terrestres e descredibilizar os seres. M. Night Shyamalan falhou redondamente em Signs quando apresentou os seus aliens. Eu achei-os ridículos e conseguiram destruir a minha opinião sobre o filme, que era bastante positiva. Em War of the Worlds os aliens convencem e faz sentido que eles apareçam (porque para mim Signs era perfeito se nunca tivessem mostrado os extra-terrestres). 5º As explosões com muito barulho e que provocam muitos estragos já não assustam. O aspecto visual é muito importante mas, hoje em dia, já é dificil surpreender. Se querem realmente manter alguém atento e com o coração na boca, a cena na cave do personagem de Tim Robbins é perfeita, talvez a melhor de todo o filme. O silêncio que immpera, As transições de plano, a montagem, tudo se conjuga para uma cena de génio. O pequeno show-off de Spielberg, que se ri com a facilidade com que consegue filmar uma sequência perfeita. 6º e último que já me estou a alongar bastante. Se querem garantir que o filme sai como pretendiam, a escolha de actores é fundamental. Especialmente conhecer os actores com quem se trabalha, saber do que eles são ou não capazes. Quem é que escolhe Ben Affleck para Armageddon e acredita realmente que ele tem potencial? Ou quem é que imagina que o Will Smith de Independence Day é o mesmo de Ali ? Claramente uma falha na direcção de actores. O trabalho do realizador é também esse, saber escolher os actores e direccioná-los no caminho que pretende seguir. Tom Cruise está melhor do que nunca, desdobra-se em emoções e num filme que se centra maioritariamente na sua personagem consegue prender a atenção, não nos cansa. Dakota Fanning carrega o fardo de ser uma menina prodígio. Alternando o seu personagem com tons cómicos, histéricos, desesperados e perturbadores, a actriz, por instantes, aliena-nos do facto de ter apenas 11 anos, demonstrando um talento para lá da compreensão. Justin Chatwin revela-se uma agradável surpresa estando à altura do elenco que o acompanha. Por último, Tim Robbins tem um dos mais marcantes papéis secundários de que há memória, provando que o seu oscar por Mystic River não só é merecido como já vem com algum atraso. À luz da magnificência de todo o filme os pontos negativos são pouco relevantes. Ainda assim há que mencionar a curta duração do filme, que podia ter explorado mais detalhadamente algumas situações, especialmente o final. Um desfecho demasiado abrupto, quase "a despachar". Confesso que tive algumas dificuldades a entender o fim, andei a pesquisar outras opiniões para confirmar se realmente era o que tinha percebido. Mais 10 minutos de filme fariam toda a diferença. 
A minha classificação é de: 8/10Etiquetas: Criticas |
posted by not_alone @ 20:16  |
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Crimen Ferpecto |
 Crimen Ferpecto é um filme de excessos. De exageros. Tenta ser mil e uma coisas e falha redondamente em ser bom em alguma delas. É uma comédia ? Um policial? Uma comédia romântica? Um romance policial? Uma comédia romântica policial???? Decidam-se. E de uma vez por todas desistam de pôr os protagonistas a falar directamente para a câmera e a dirigir-se a nós, espectadores. Não resultou no primeiro Alfie, não resulta no actual e definitivamente não resulta neste filme espanhol. As cenas em que apenas ouviamos os pensamentos do personagem através da narração funcionavam bastante melhor do que aqueles em que o temos virado para a câmera a falar. Perdemos a noção de distância do filme e somos constantemente lembrados de que aquilo não é real, são apenas textos que os actores têm de ler. Mas, tendo em conta que o filme não pretende ser brilhante e é até bastante modesto resumindo-se ás suas fracas capacidades, não se pode classificar como um mau filme é simplesmente um filme mediano. O pior mesmo é o final. Completamente descabido, sem ponta de nexo. Completamente irreal. Os pontos positivos do filme surgem dos actores principais, Guillermo Toledo e Mónica Cervera. A sua relação consegue ter alguns momentos engraçados, tudo mérito próprio porque o argumento não faz justiça aos actores. 
A minha classificação é de: 6/10 Etiquetas: Criticas |
posted by not_alone @ 20:14  |
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quarta-feira, julho 06, 2005 |
Dear Wendy |

Escrito por Lars Von Trier, este é um pequeno filme que prima principalmente pela diferença.
Uma pequena cidade (aqui como metáfora para algo mais vasto, tal como o palco de Dogville o era) vive do trabalho nas minas. Os homens que não trabalham nas minas são descriminados e nunca serão levados a sério. Dick é um adolescente que sente na pela a indiferença dos outros por não ser um mineiro tal como era seu pai.
Um dia o acaso junta-o com aquela que viria a ser a sua melhor amiga, uma arma, que baptizou de Wendy. Dick apercebe-se da sensação de superioridade e de poder que lhe dá ter em sua posse um arma de fogo. Juntamente com um grupo de outros adolescentes excluídos pela sociedade formam os Dandys. Apesar de se auto-apelidarem de pacifistas o elo que os une são as armas. Cada um tem a sua, à qual dá um nome e todos a usam com o propósito de se sentirem mais seguros e à altura dos outros, mas sob a promessa de nunca a utilizarem para ferir alguém.
Dear Wendy é claramente uma crítica ao uso das armas e especialmente ao uso excessivo das mesmas na américa. Talvez demasiado moralista ou apenas opinativo, a ideia central que o filme pretende transmitir é a de que não interessa se as pessoas são boas ou más, que tenham ou não consciencia do que estão a fazer, porque uma arma será sempre um perigo para todos.
Os minutos finais do filme são impressionantes, especialmente ao nível da realização e Jamie Bell, depois da excelente prestação em Billy Elliott, demonstra ser um actor em crescimento ao qual devemos estar atentos.
A minha classificação é de: 7/10Etiquetas: Criticas |
posted by not_alone @ 13:42  |
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O drama. A tragédia. O horror. |

"O norte-americano Justin Timberlake poderá ser o eleito para desempenhar o papel do vilão Two-Face no próximo filme da saga Batman. Segundo o Ananova, que cita o site Cinescape, o cantor é considerado «uma escolha perfeita» para aquele papel. Recorde-se que, aos 24 anos, o ex-NSYNC vestiu já a pele de traficante de droga em "Alpha Dog" e de jornalista em "Edison". Em breve, Timberlake será visto no thriller "Killshot" e em "Black Snake Moan", película na qual irá contracenar com Samuel L. Jackson e Christina Ricci."
in cotonete

É oficial, Tom cruise está a perder a sanidade mental. Até a sua ex-mulher, Nicole Kidman, veio dizer que ele não está no seu perfeito juízo. No site Joblo.com descobri um artigo muito interessante. Uma explicação das loucuras que Cruise tem dito e feito, desde a desavença com Brooke Shields até à sua crescente certeza de que é um génio da psiquiatria e que ninguém sabe mais sobre depressão pós-parto do que ele!? Vejam por vocês mesmos aqui. Etiquetas: Notícias |
posted by not_alone @ 12:55  |
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terça-feira, julho 05, 2005 |
Aaltra |

Já está mais do que provado que os grandes filmes não vêm só de Hollywood nem precisam de ter orçamentos astronómicos. Aaltra é um filme Belga independente, escrito, realizado e protagonzado por Benoît Delépine e Gustave de Kervern. E é um filme imperdível.
Dois vizinhos que se odeiam envolvem-se num acidente e acabam por ficar paralizados e dependentes de uma cadeira de rodas. As clássicas desgraças sucedem-se e os dois decidem partir numa viagem. Um road-movie de cadeira de rodas, como diz a tagline. E aqui começam um sem fim de aventuras recheadas de humor do mais negro possível.
Este é daqueles que só visto, porque contado ninguém acredita, como se costuma dizer. Com toda a segurança, não vão sair da sala sem darem umas valentes gargalhadas. As piadas surgem nos momentos mais inesperados e vivem especialmente de um humor físico por oposição a um humor de diálogo.
Até agora, a comédia do ano.
A minha classificação é: 9/10Etiquetas: Criticas |
posted by not_alone @ 13:29  |
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Melinda and Melinda |

Woody Allen não pára, todos os anos já nos tem habituado à sua pequena pérola e 2004 não foi excepção.
Um grupo de amigos reunidos num restaurante discutem a visão do mundo de cada um. Enquanto um deles é realizador de filmes maioritariamente dramáticos, o outro tem como tema central nos seus filmes a comédia. O que aconteceria então se estas duas percepções distintas tivessem de contar a mesma história. Como é óbvio uma dela seria um drama e outra uma comédia. É assim que surge Melinda, na sua faceta cómica e dramática.
Isto trata-se indiscutívelmente de uma obra de Woody Allen, apesar do realizador não integrar o elenco do filme, como faz habitualmente, as carascterísticas que o distinguem estão lá todas. Desdobrando um filme em dois, cada um com o seu ambiente, tendo apenas em comum a personagem Melinda, o filme consegue ser uma comédia dramática, misturando os dois géneros como só Allen sabe fazer. Um humor negro, baseado nas relações interpessoais, na problemática das relações e dos conflitos interiores que com um sorriso disfarçam a dor que se esconde.
Radha Mitchell é a protagonista que se transforma na perfeição nas duas histórias. E se há talento que Woody Allen tem, para além da realização, é na direcção de actores. Ele consegue trazer o melhor de um actor que em outras mãos seria apenas mediano. Will Farrell (que nos poupa aos seus habituais exageros) e Jonny Lee Miller são grande exemplo da mão do realizador nos seus personagens.
Este ano há mais com Match Point ( e Scarlett Johansson) e como sempre espera-se mais um grande filme.

A minha classificação é de 8/10Etiquetas: Criticas |
posted by not_alone @ 01:23  |
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A Mulher que Acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da América |

Alexandra Lancastre é esta senhora. Doida varrida, diga-se de boa verdade. Uma comédia à portuguesa, com certeza.
Numa mansão que acredita ser a casa branca, a presidente (que permanece durante todo o filme sem nome) gere o futuro da américa. A sua fiel secretária, com quem tem uma relação algo ambígua, apoia-a na árdua tarefa que é ser a mulher mais poderosa do mundo. Entre reuiniões com o comité, entrevistas para a Vanity e ataques aos chineses, seguimos o dia a dia da presidente dos Estados Unidos da América.
Claro que tudo isto não passa de uma sátira, não só à América mas a nós portugueses que temos a mania que somos os maiores. Mas, tudo o que é demasiado pretencioso por estas bandas acaba por falhar e este filme não é excepção. Aparte de algumas cenas cómicas bem conseguidas, em grande parte devido ao grande elenco feminino do filme, tudo o resto tenta ser demasiado inteligente e snob para uma comédia como esta.
É errado pensar que, porque nada faz sentido e são atiradas para o meio algumas frases bonitas (mas que não fazem sentido nenhum), o filme passa a ser uma obra de arte. Nada disso, numa obra de arte nada é ao acaso, tudo existe por um motivo e faz sentido no conjunto. Aqui nada faz sentido, é tudo uma loucura desvairada protagonizado por um conjunto de personagens femininas loucas. E, apesar de acabarmos por nos rir em algumas cenas, terminado o filme permanece a sensação de que nada daquilo fez sentido.
Ainda assim é um filme a ver, mesmo que seja só para nos deliciarmos com o elenco exclusivamente feminino que, para além de muito agradável à vista, espelha as mais variadas gerações de actrizes de talento nacionais.

A minha classificação é de: 6/10Etiquetas: Criticas |
posted by not_alone @ 00:46  |
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domingo, julho 03, 2005 |
Circuito Fechado |

Sinopse
Durante um trabalho na Mediateca, Vicente depara-se com as câmaras de vigilância. A liberdade abdicada pela incondicional cassete a gravar, minuto após minuto. O conceito dúbio de segurança de uma observação constante no limiar do zelo excessivo. Hipnotizado, explode numa fuga desenfreada, quase labiríntica, ao reencontro da privacidade perdida… A evasão de um circuito já por si fechado. O Grupo 11 é um conjunto de alunos do 1º ano da Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa (ESCS).(a minha escola portanto :P) No âmbito da cadeira de Audiovisual e Multimédia 2 foi-lhes designado o trabalho de criarem uma curta-metragem. Como tema obrigatório tinham que desenvolver um qualquer aspecto relacionado com a ESCS. Até aqui nada de novo, porque todos os anos os alunos desta disciplina fazem este trabalho. Mas, empenhados em primar pela diferença o Grupo 11 lançou mãos ao trabalho e criou uma obra digna de atenção. Há que ter em conta que esta foi a primeira experiência como cineastas destes alunos o que me leva a concluir que o cinema em portugal poderá vir a beneficiar de talentos como estes. Sorte Nula ou Um tiro no escuro já tentaram mostrar um pouco de modernidade no que diz respeito à realização no cinema português, mas, para o desenvolver e dinamizar ainda mais é necessário apoiar aqueles que possuem o talento para o concretizar. Em Circuito Fechado, independentemente da qualidade artística do mesmo (que quanto a mim, e tendo em conta os poucos recursos que existiam à disposição, está muito boa ), transparece uma imensa vontade de inovar, fazer algo diferente e, acima de tudo, uma grande paixão pela 7ª arte. De destacar a grande música que serve de banda sonora à curta do filme, Pluto - Prisão. Aos interessados a curta pode ser vista através do download da mesma aqui. São apenas 11.2 MB. Para mais informações sobre todo o processo de criação, filmagem e montagem passem por aqui
A minha classificação (uma vez que se trata de um trabalho universitário a classificação será de 0 a 20) é de: 18/20
P.S. Ao grupo 11 uma continuação de bom trabalho e fico à espera da próxima curta-metragem (ou longa-metragem, quem sabe...)Etiquetas: Criticas |
posted by not_alone @ 15:39  |
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Napoleon Dynamite |
 Napoleon Dynamite. É isto ? Tanto alarido por isto? Poupem-me! Ou eu sou realmente uma nulidade no que diz respeito a sentido de humor ou isto definitivamente não tem piadinha nenhuma. Até tinha boas expectativas para o filme, pelo trailer parecia realmente muito bom. A verdade é que a ideia não é má, há alguns gags muito bem conseguidos e os actores (especialmente o principal) estão muito bem. O típico nerd, no típico liceu americano com os típicos broncos jogadores de futebol a as suas típicas namoradas da claque. O típico filme MTV tinha tudo para ser um grande filme mas perde-se na imbecilidade do argumento. Como se costuma dizer, a estupidez tem limites, e se até tem a sua piada ver o anormal do Napoleon e as suas patéticas mentiras nos primeiros 10 minutos, depois disso já só nos apetece mesmo afogá-lo numa sanita. Apesar disso aguentei o filme até ao fim e ainda bem porque há momentos no cinema que não têm preço e a dança de Napoleon nos últimos minutos tornou-se numa cena clássica. A história transforma o verdadeiro geek em herói perante toda a escola quando o caminho mais fácil para pôr o espectador a rir seria ridicularizar o personagem. Acho que a ideia central é de que o filme é bom, de tão mau que é. Como disse, a ideia é gira e há que entender que um filme sobre a vida de um nerd nunca poderia ser muito interessante. Pensando bem, torna-se engraçado quando nos apercebemos de que existem pessoas assim, que têm uma vida triste e vazia e ainda assim se julgam os maiores. Pronto eu até desculpo o filme pelos seus excessos de patetice. Afinal o Pedro e a cena final ainda conseguem arrancar umas belas gargalhadas e uns rasgados sorrisos. Mas, infelizmente, poucas vezes. 
A minha classificação é de: 5/10
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posted by not_alone @ 13:21  |
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sexta-feira, julho 01, 2005 |
Rubber Johnny |

A curta de Chris Cunningham que falei aqui há uns dia confirma-se, é muito estranha. São 6 minutos de puro alucinio de uma rapaz-mutante trancado no sótão com o seu cão. É uma espécie de video-clip do espaço musicado por Aphex Twin. Naquele local escuro da casa o jovem de cadeira de rodas leva-nos numa curta mas intensa viagem pelos seus delírios imaginários.
Uma obra estranha, mas impressionante do ponto de vista visual e com uma música a servir de banda sonora muito boa. Do género de peças que pode dar azo ás mais variadas interpretações pessoais. Eu cá acho estranhamente bom. Continuo curioso para saber como será a longa-metragem, baseada nesta curta, que Cunningham está a preparar.
A minha classificação é de: 8/10Etiquetas: Criticas |
posted by not_alone @ 20:01  |
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BSO: Magnolia |

Magnolia foi criado na brilhante mente de Paul Thomas Anderson partindo do conceito de que as músicas, devidamente desenvolvidas, como é o caso, dão histórias excepcionais. Assim, Aimee Mann dá voz (e que grande voz) à brilhante banda sonora desta pérola cinematográfica. Mas, mais do que simplesmente musicar o filme, este álbum é também parte integrante e fundamental do mesmo. Cada cena ganha uma nova dimensão ao escutarmos as letras das canções e não é por acaso que uma das mais belas cenas é justamente aquela em que todos os personagens entoam o tema Wise Up. Em Magnolia cada música é uma história, cada personagem é um instrumento e Aimee Mann a narradora. Somos envolvidos pela sua voz frágil, que nos enche os olhos de lágrimas e nos provoca arrepios na espinha.
A minha classificação é de: 10/10
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posted by not_alone @ 18:11  |
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Cinderella Man |
 A largos meses (digo eu) da estreia deste filme por cá eu já lhe consegui pôr a vista em cima. E devo dizer que se vivesse nos Estados Unidos tinham que me devolver o dinheiro. (deduzo que estejam a par da iniciativa que a produtora do filme fez que consiste basicamente em devolver o dinheiro a quem não gostar do filme) Não é que o filme seja mau, longe disso, mas não me agradou particularmente. Esta é a (mais uma) história verídica de Jim Braddock, um pugilista famoso dos anos 30, no auge da era da depressão. Quando a esperança parecia perdida ele retoma a sua carreira tornando-se num ídolo de esperança para o povo americano. O tema do boxe no cinema começa a saturar e depois de uma memória ainda tão fresca de Million Dollar Baby convenhamos que tudo o resto parecem filmes de 2ª categoria. Cinderella Man atinge os seus objectivos. É um filme coeso, bem interpretado, mas falta-lhe algo. Para além do filme de Clint Eastwood vem-nos à ideia outros filmes do género como Ali, a saga Rocky, Raging Bull ou The Hurricane e apercebemo-nos que este traz pouco de novo. Russel Crowe não é dos meus actores preferidos, há algo nele que me irrita, mas, curiosamente, achei que este foi o melhor papel da sua carreira. Seguro, emotivo no seio familiar e cheio de garra em cima do ringue, entrega uma actuação plena. Mesmo os actores secundários brilharam. Paul Giamatti continua a provar ser dos melhores actores que por aí andam e Bruce McGill também dá uma interpretação com algum interesse ao seu personagem. Já Renée Zellweger, por outro lado, não se conteve. Uma actuação exagerada em alguns momentos e demasiado contida noutros, quanto a mim, a representação mais fraca do filme. Há alguns pontos altos, que realmente nos comovem, mas na sua maioria, como obra cinematográfica, não deslumbra. É no máximo uma homenagem perfeita ao homem que foi Jim Braddock e à importância que teve na época em que viveu. De resto já vimos a história da cinderela em mil e um filmes e as lutas de boxe ficam muito aquém do que já foi feito anteriormente. 
A minha classificação é de: 6/10
Etiquetas: Criticas |
posted by not_alone @ 01:25  |
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